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the Degree Confluence Project
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Brazil : Minas Gerais

7.6 km (4.7 miles) NNW of Fôlha Larga, Minas Gerais, Brazil
Approx. altitude: 875 m (2870 ft)
([?] maps: Google MapQuest OpenStreetMap ConfluenceNavigator)
Antipode: 17°N 137°E

Accuracy: 10 m (32 ft)
Quality: good

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#2: GPS #3: Vista para o norte.  -  View to north #4: Vista para leste.  -  View to East #5: Vista para o sul. - View to south #6: Vista para oeste. - View to west #7: Wilson, Gledson, Setsuko e Eduardo. - The group #8: Montinho de pedra para marcar a confluencia. Milestone in the CP #9: Trilha dificil e cansativa. - Hard hike #10: Trilha com belas paisagens. - Beautiful landscapes in the way to CP

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  17°S 43°W  

#1: Vista da confluencia, a 300 m. -  General view fo CP area.

(visited by Eduardo Hanazaki and Setsuko Hanazaki)

English

26-Oct-2007 -- No dia 25 de outubro, saímos do asfalto da BR 291 na altura de Barrocão para uma estrada de terra, muito bem conservada, em direção a Botumirim. A primeira coisa que fizemos foi esvaziar um pouco os pneus do jipe para poder trafegar melhor na terra.

A cidade de Botumirim, fica numa região montanhosa a 930m de altitude, cercada por uma paisagem belíssima. Agora, por causa do período prolongado de seca, notam-se queimadas em vários pontos das montanhas. A região oferece como atrativos, belos rios, cachoeiras, a margem esquerda da represa do Irapé no rio Jequitinhonha e milhares de formações rochosas impressionantes. Há sítios arqueológicos com inscrições rupestres. A mata de cerrado apresenta flores, orquídeas e bromélias diversas e os pequizeiros estão floridos, alguns já com frutos. A economia do município gira em torno de pecuária, café, artesanato, confecção, comércio, produção artesanal de cachaça e rapadura, fabricação artesanal de tijolos e garimpo artesanal.

Às 16h00, passamos pela cidade de Botumirim e imediatamente saímos à procura da confluência 17 S – 43 W. Seguindo pelas fotos de satélite do Google Map, rumamos para o sul. No caminho, paramos inúmeras vezes para admirar e fotografar a fantástica paisagem. Chegamos a 2,2 km em linha reta do ponto e a partir dali, teríamos que prosseguir a pé. Devido ao horário, achamos mais prudente deixar para o dia seguinte. No caminho de volta â cidade, conversamos com Sr. Adelmo que retornava de moto, à sua casa. Soubemos por ele, que a propriedade onde ficava a confluência, pertencia ao Sr. Zé Maxixe. Na cidade, soubemos que ele estaria viajando.

No dia seguinte, logo cedo, conhecemos o Wilson Ferreira dos Santos e seu amigo Gledison Carlos Rodrigues, ambos (apaixonados pelas belezas da região e grandes conhecedores) condutores de turismo da cidade. Ao saberem da nossa intenção de chegar à confluência, os dois insistiram em ir conosco.

Como ainda era cedo, levaram-nos para conhecer a praia do rio do Peixe onde os moradores de Botumirim costumam fazer festa no carnaval e os turistas acampam. O local é muito bonito e interessante. Ali as pedras são claras, as praias têm areia branquíssima e a flora é rica em espécies, incluindo plantas carnívoras. Depois desse rio, a estrada continua boa por alguns quilômetros, passando em meio a formações rochosas incríveis.

Mais adiante, devido ao abandono por causa da abertura de uma nova estrada para o sul, o caminho se torna intransitável, obrigando-nos a andar. Pela nova estrada, a caminhada para chegar à CP seria de 4 km em linha reta. Optamos seguir pela trilha antiga e caminhar 2,2 km.

Às 10h00, na saída para a trilha, levamos água, biscoitos e banana desidratada. Deixamos no jipe uvas e maçãs porque achamos que voltaríamos em tempo de almoçar na cidade. Após andar 600 m, abandonamos a trilha porque achamos muito cansativo caminhar na areia fofa. Resolvemos contar o caminho pela mata para tentar chegar até o ponto. Achamos que seria fácil transpor algumas elevações de pedra mas, chegando lá, descobrimos que havia um abismo intransponível do outro lado.

Às 11h00, voltamos quase à estaca zero. Reiniciamos o trajeto, agora por uma campina, seguindo uma trilha de gado que entrava para dentro do cerrado. Ao meio-dia, encontramos uma enorme rocha que formava um perfeito abrigo para o sol e a chuva. Resolvemos descansar e, para nossa surpresa, o Wilson descobriu na parede da rocha, um belíssimo desenho de um cervo feito com pigmento alaranjado, provavelmente uma pintura rupestre.

A 1,2 km da CP, o campo termina em fileiras de elevações de pedras dentro de mata cerrada e aí começaram as grandes dificuldades. Para prosseguir tivemos que subir e descer enormes formações rochosas, pedras pontiagudas algumas com mais de 10 m de altura, que nos exigiram grande esforço e muito cuidado para não cair. Era 13h20 e resolvemos descansar entre belas formações rochosas. A água e os biscoitos acabaram e ainda faltava subir para o outro lado, além de todo caminho de volta. Ao atravessar uma ponte feita por uma pedra, quando último, o Eduardo foi passar, a ponte partiu e ele caiu num buraco. Felizmente, ele sofreu apenas algumas escoriações.

Sem água e com a sede, a situação começava a se tornar dramática. Descemos mais um pouco e, com alegria, começamos a ouvir o som de água correndo. Devido à época da seca, achamos apenas um fio de água correndo por baixo de pedras enormes. Procurando, foi possível encontrar uma pequena fenda sob uma enorme pedra e ali pudemos saciar a nossa sede. Foi a nossa salvação.

Enchemos as garrafas e o cantil e, às 14h00, reiniciamos o trajeto. Agora, precisávamos caminhar mais 350 m entre a mata e as pedras, escalando do outro lado, até chegar à confluência. Quando faltavam apenas 100 m, já estava valendo a nossa visita, mas decidimos zerar o marcador no GPS, por estarmos tão perto e por termos enfrentado tantas dificuldades até chegar lá.

Era 14h45 quando comemoramos a nossa chegada à confluência, a 879 m de altitude. Fizemos um montinho de pedras no local, tiramos as fotos de praxe, e descemos 300 m até chegar ao local conhecido por Poço d'Água que costuma ficar inundado na época das chuvas. Voltamos pela trilha de 2,2 km enfrentando o solo arenoso e chegamos ao jipe às 17h. A fome era tanta que nunca foi tão gostoso comer uvas e maçãs geladinhas guardadas na geladeira de isopor.

Resumo:

Distancia da cidade de Botumirim à confluência-20 km
Tempo de carro da cidade até o local- 40 minutos
Tempo de caminhada (ida) até a confluência- 4:15 h
Tempo de caminhada (volta): 2 horas
Distancia percorrida a pe: 2,2 km
Tempo total de caminhada: 6,15
Distancia total de caminhada: 4,4 km

English

26-Oct-2007 -- In a vacation trip to north of Minas Gerais state, we planed to visit some confluences in that region. We left the city of Montes Claros in the morning of October 25 and proceeded eastwards on the BR291. Near Barrocao, we left the asphalt and entered a well conserved dirt road in direction to Botumirim. First, we deflated a little the tires of the jeep to run better in the land.

The city of Botumirim is located in a mountain region, at 930m of altitude, surrounded by a very beautiful landscape. Because a long time without rain, there are several spots with fire and smoke in the mountain. This region offers many attractions, beautiful rivers, waterfalls, the Irape dam at Jequitinhonha river and thousands of impressive rocky formations.

There are archaeological sites with ancient signs and cave paintings. The neighborhood forests and mountains presents several flowers, orchids, beautiful bromélias (Guzmania) and the pequizeiros (Caryocaraceae ) with its beautiful flowers, some already with fruits. The economy of the region is consisting of cattle farms, coffee, commerce, sugar cane and manual mining of diamond and gold.

We reached Botumirim at 4:00 pm and immediately we left the city to search the confluence 17 S – 43 W. Following the pictures of satellite from Google, we head to south. After some miles, the road became very bad and narrow, only usable by mules. The landscapes, on the other way, were fantastic. We stopped several times to admire and to photograph beautiful streams of crystalline water and impressive rocks. We drove until 2.2 km to the confluence point. From there, we must go on foot. Due to short sun time remaining, we decided to try the next day.

Next day morning, we knew Mr. Wilson Ferreira dos Santos and his friend Gledison Carlos Rodrigues, both are passionate by the beauties of the region and well known guides of tourism of the region. We explained our intention to get to the confluence, and they both insisted on going with us.

In the way to the confluence, they guided us to know the beach of the Peixe river where the people of Botumirim use to do parties in the carnival and the tourists camp. The place is very pretty and interesting. The stones there are clear, the beaches have very white sand and the flora is rich in species, including carnivorous plants. After that river, the road continues good by some kilometers, passing amid incredible rocky formations. Soon the road became very bad and at 2.2 km to the CP, there are no way to go ahead. From that point we must walk and climb a hill to reach the CP.

It was 10 a.m. and we carried water, biscuits and dehydrated fruits. We left in the jeep grapes and apples because we thought that we would come back in time to have lunch in the city. After 600 meters, we abandoned the path because it was very tiring to walk on the soft sand. We decided to walk by the forest and try to arrive to the point. We find that it would be easy transpose some elevations of stone but, arriving there, we discovered an unsurmountable abyss on the other side of hill. At 11 a.m., we went back to the beginning.

We restarted the journey, now through a grassland, following a cattle path. At noon, we found a huge rock that formed a perfect shelter to protect from sun and rain. We decided to rest a little and, for our surprise, Wilson discovered in the wall of the rock, a very beautiful drawing of a deer made with orange pigment, probably an ancient rupestrian painting. At 1.2 km to the CP, the trail finished in front of rows of stone elevations and there began the big difficulties. To carry on we had to climb up and down huge rocks, sharp stones, some of them with more than 10 meters high that required us big effort and much care to not fall down. It was 20 minutes past 1 p.m. and the water finished and we had still to get down some stones and climb up to the other side, and all the way to get back.

Without water and thirsty, the situation became dramatic. Fortunately when we went down a little more, we began to hear the sound of water. We found a stream of crystalline cold water under the rocks. It was to our salvation. We filled the bottles and the canteen and, at 2 pm, we restarted the journey. Now, it was necessary to walk and climb 350 m between bushes and stones, until the confluence. It was 2:45 pm when we commemorate our arrival to the confluence, at 879 m of altitude. After taking the usual pictures, we come down 300 m to the site known Poco d`Agua and from there we walked back on a soft sand trail, bordering the hill. We arrived back to the jeep at 5 pm, very tired and hungry so the cold grapes and apples was so pleasant.

Summary:

Distance from Botumirim to CP: 20 km.
Driving time: 40 minutes.
Total walked distance: 4,5 km
Total walking time: 6:15 h.


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#1: Vista da confluencia, a 300 m. - General view fo CP area.
#2: GPS
#3: Vista para o norte. - View to north
#4: Vista para leste. - View to East
#5: Vista para o sul. - View to south
#6: Vista para oeste. - View to west
#7: Wilson, Gledson, Setsuko e Eduardo. - The group
#8: Montinho de pedra para marcar a confluencia. Milestone in the CP
#9: Trilha dificil e cansativa. - Hard hike
#10: Trilha com belas paisagens. - Beautiful landscapes in the way to CP
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